domingo, 31 de dezembro de 2017

de próprio punho




Ás vezes me bate aquela nostalgia
Pego aquele caderno que fica ao lado da cama e te escrevo outro bilhete de próprio punho.
Deixo junto dos outros que não te entreguei.
Esqueci de entregar.
Junto daqueles poemas do Vinícius.
E na minha rádio insiste o Chico em cantar
Um monte de coisas que agora já fazem sentido.
Do tempo
Quanto tempo!
Do mar, da água e até de passarinho.
Todo ano, eu insisto em voltar mas logo lembro que esses bilhetes estão amarelando dentro desse caderno.
É tanto calor.
E os meus punhos doem mas sempre chega o dia de voltar e colocar mais um bilhete naquele caderno.


Outra vez Chico aparece e eu penso que pode ser Vinícius.

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