quinta-feira, 28 de abril de 2011

Moço gasto

Corro pro Centro da cidade pra te achar, pra te falar.
Pra te ouvir contar as histórias das tuas noites boêmias.
Vem e me fala cheio do teu charme, jeito malandro, gasto, boêmio
E eu gosto.
Gosto de te ver chegar de manhãzinha, gasto, rindo e caindo
Gosto porque chegas de mansinho
Gosto porque me promete que amanhã não vai ser assim.
Mas repete e mesmo assim, eu gosto.
Gosto porque chegas de mansinho, querendo chamego.
Gosto  porque tens o cheiro da rua, das conversas de bêbados, do sereno.
Gosto porque tu chegas com o cheiro adocicado das noites quentes.
Gosto porque sempre me acordas querendo beijar a minha boca e me rende.
Eu arranco a tua roupa fingindo não te querer mais,
fingindo não querer te ter mais e eu quero,
Mesmo que do teu jeito.
E começa tudo outra vez.
Eu dos cálculos, tu dos botecos.
Eu te quero, te quero, te quero.
De porre, de pileco.
Eu te quero.
Desde que voltes, assim mesmo pela manhã, eu te quero.

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